Educação: Uma reinvenção necessária (Parte 1)

“O meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento. Porque rejeitaste o conhecimento, eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, eu me esquecerei de teus filhos.” (Os. 4.6)
Uma nação desenvolvida é uma nação com oportunidades boas e iguais para todos os seus cidadãos. Como se alcança este ideal?
Uma família digna deste nome é uma família que propicia condições para o crescimento de cada um dos seus membros. Como se põe em prática este projeto?
Uma igreja merecedora do título de "corpo de Cristo" é uma comunidade em que seus membros buscam a maturidade espiritual, moral e intelectual. Como se dá esta busca?
Uma vida que vale a pena é uma vida que se desenvolve de modo equilibrado e crescente em meio a sonhos e frustrações. Como se obtém este equilíbrio?
RELANCES DE UMA FACE DE VERGONHA
"Educação" -- eis a palavra-chave para o desenvolvimento nacional, familial, eclesial e pessoal.
No caso nacional brasileiro, nossa liderança (aristocracia, como preferem chamar alguns) sempre achou (pela prática, embora o discurso seja diferente) que o acesso ao ensino devia ser para poucos, a fim de que seus privilégios permanecessem. A partir dos anos 90 do século 20 começou um esforço pela universalização do ensino fundamental, tanto que 97% das crianças de 7 a 14 anos estão matriculadas nas escolas.
Estamos avançando na quantidade, mas piorando na qualidade. Uma avaliação de caráter nacional (Saeb, 2003) mostrou que a qualidade do ensino piorou. Numa avaliação de amplitude mundial, com 40 países, o desempenho dos nossos alunos ficou em último lugar na aprendizagem de matemática e 37º na de português. Ainda temos 13,6% de analfabetos (14,6 milhões de pessoas!) no país. Dos considerados alfabetizados, 26% (32,1 milhões!!) são analfabetos funcionais, que são aqueles que têm menos de quatro anos de estudos completos. Somando tudo isto, temos 39,6% (40,6 milhões de brasileiros!!!) que não leem porque não sabem.
A escolaridade média brasileira é muito baixa. Nossos alunos ficam, em média, apenas cinco anos na escola, contra 12 nos Estados Unidos, 11 na Coréia do Sul e oito na Argentina. [BENCINI, Roberta, MINAMIR,Thiago. Política educacional: o desafio da qualidade. Disponível em <http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0196/aberto/mt_169932.shtml>.]
Por isto, saúdo o Plano de Desenvolvimento da Educação, lançado em 2007 pelo governo federal e que prevê investimentos de até R$ 8 bilhões até 2010 e tem metas até 2022, ano do bicentenário da independência brasileira, independência que não pode ainda ser comemorado em função do atraso no campo educacional. As metas são excelentes, como estas: todos os brasileiros de 4 a 17 anos deverão estar na escola.
Esses dados são úteis para compreendermos o tamanho de uma reinvenção necessária. Não temos os mesmos dados para mensurar o tempo gasto no estudo da Bíblia, na qual aprendemos o temor do Senhor, isto é, na qual compreendemos que vale a pena levar Deus a sério. E esta é outra reinvenção igualmente necessária.
(A propósito, quantos anos você tem de escola bíblica?)
No portal eletrônico da Igreja Batista Itacuruçá (www.itacuruca.org.br), foi feita a seguinte pergunta: "Quantas vezes você já leu a Bíblia toda?" Os números, postados por membros e não membros da igreja, são preocupantes, porque 45% nunca leram a Bíblia toda; 19% leram apenas uma vez; 10% leram duas vezes; apenas 16% leram a Bíblia toda mais de duas vezes ao longo da vida.
Dedique-se ao estudo da Palavra!
Artigo disponível em: http://www.prazerdapalavra.com.br/reflexoes/editoriais/609-educao-uma-reinveno-necessria.html
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